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Cursos

9503 - Povos indígenas e quilombolas, meio ambiente, racismo ambiental e ecocídio





A quem se destina: Advogados(as) e Estagiários(as) Inscritos(as) na OAB, Bacharéis em Direito e Profissionais de outras áreas.
Quantidade de aulas: 2 Aulas.
Carga horaria: 04 Horas.
Período: O curso ficará disponível no período de 365 dias para visualização após o pedido computado.
Data de início: 03/10/2023
Data de término: 31/12/2025

ID 9503

A ESA/SP confere o certificado de participação do curso. 

Para fazer a inscrição, siga os passos abaixo:
1º Clique em: INSCREVA-SE
2º Clique em: BOLETO
3º Clique em: Á VISTA R$ 20,00
4º Clique em: FINALIZAR COMPRA
 
Para acessar o curso:
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(Na parte direita superior)
2º Clique em: ASSISTA AGORA
3º Clique em: SÍMBOLO DE PLAY
(Do curso desejado)
 
 
Promoção: Núcleo Temático Direitos Humanos  - Coordenadora: Carmela Dell Isola  
Docentes: Lígia de Souza Cerqueira e Flávio de Leão Bastos Pereira
 
Objetivo Geral 
Devido à pouca discussão da comunidade acadêmica e da sociedade em si sobre os direitos dos povos originários e povos quilombolas, estes tornam-se vítimas do sistema ocidental hegemônico e lesivo aos biomas brasileiros. Tal sistema, perpassa o direito destes povos diariamente ao proferirem decisões que desrespeitam seus costumes, crenças, línguas, cultura e território. O Estado brasileiro, como guardião dos direitos fundamentais de sua população, deve assegurar o direito difuso de todos os seres humanos, indistintamente, ao meio ambiente equilibrado, inserindo-se nesse bloco o direito de todos à proteção da sociodiversidade e ao meio-ambiente saudável para as atuais e futuras gerações, o que significa a preservação da perspectiva multicultural a partir de das bases territoriais tradicionais e ancestrais.
 
Objetivos Específicos
Deve-se, ainda, assegurar que os direitos coletivos dos povos indígenas e quilombolas, sob seus territórios sejam respeitados, de forma que possam ter um ambiente sadio para se desenvolverem. O objetivo do curso é ampliar o conhecimento dos juristas e dos acadêmicos das mais diversas áreas de atuação sobre os direitos dos povos indígenas e quilombolas no Brasil, a partir de uma contextualização centrada na territorialidade geofisica e também espiritual de cada uma das milhares de nações indigenas e povos quilombolas existentes no Brasil, a fim de capacitá-los para uma maior compreensão e defesa dessas minorias étnicas. Sobre tal contexto, será ainda analisada uma das mais recentes propostas atualmente sob análise na esfera internacional, inclusive pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), relativa à criminalização dos delitos cometidos contra a natureza, vale dizer, o Ecocídio, tema ainda pouco desenvolvido no Brasil.
 
Ementa
Culturas Indígenas do Brasil e o processo colonizador. Racismo científico, Darwinismo Social e Eugenia. Escravização, exploração e extermínio. Racismo estrutural como legado histórico, social, econômico e institucional. A Teoria do Genocídio e do Etnocidio. Raphael Lemkin, a proposição de genocídio cultural e as Normas Inter- nacionais. A exclusão do genocídio por razões culturais. Os elementos do crime de genocídio e a crítica cabível. Visão estrutural e sociológica do genocídio. A Terra Indígena como elemento central para a compreensão do genocídio indígena. O Etnocidio como veículo de extermínio. O racismo ambiental. A destruição dos biomas como veículo para extermínio das culturas indígenas. A proposição de juristas para a definição internacional do crime de Ecocídio. As análises do Tribunal Penal Internacional.
 
Conteúdo Programático
Aula 01
O Processo colonizador e suas dinâmicas: escravização, exploração e extermínio.
A Escola Ibérica da Paz e as Soberanias Indígenas.
O racismo em relação aos povos indígenas e quilombolas: bases históricas e pseudocientíficas.
Eugenia, Racismo Científico e Darwinismo Social.
As bases coloniais do genocídio. Os genocídios do século XX e as proposições iniciais de Raphael Lemkin. “Axis Rule in Occupied Europe” e a visão Lemkiana sobre o crime de genocídio.
A idéia do genocídio cultural ou Etnocidio em Raphael Lemkin, Pierre Clastres e Robert Jaulin
Professora Lígia de Souza Cerqueira 
 
Aula 02
A visão sociológica do genocídio: Martin Shaw, Daniel Feierstein, Samantha Power e outras/os.
A crítica à Convenção Para Prevenção e Repressão ao Crime de Genocídio de 1948. O elemento intencional como obstáculo à punição ao crime de genocídio e a proposição de Antonio Augusto Cançado Trindade.
O Biopoder e a Necropolitica. Desenvolvimentismo predatório. Dinâmicas alternativas para o extermínio. O Normaticidio.
Convenções nº 107 e nº 169 da OIT, bem como Declaração sobre Direito dos Povos Indígenas da ONU. A CF/88 como sistema aberto e seu diálogo com outras fontes normativas. A proteção normativa nas esferas internacional e nacional. Povos originários e o Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
Os povos indígenas e a justiça de transição. O Relatório Figueiredo e o Relatório da Comissão Nacional da Verdade. Crimes contra a humanidade, genocídio e a obrigação do Estado brasileiro de investigação e punição dos perpetradores.
A destruição dos biomas como veículo para extermínio das culturas tradicionais. A proposição para criminalização da destruição da natureza: o Ecocídio.
Professor Flávio de Leão Bastos Pereira
 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. ANDERSON, Gary Clayton. Ethnic cleansing and the Indian: the crime that should haunt America. Oklahoma: University of Oklahoma Press, 2014.
BARBERIS, Débora Eisele. Histórias Não Escutadas: Os Mestres Griôs e a Justiça Restaurativa no Brasil. Curitiba: Juruá, 2022.
BARRETO, Helder Girão. Direitos indígenas – vetores constitucionais. Curitiba: Juruá, 2003. BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Violações de direitos humanos dos povos indígenas. Brasília: CNV, mar. 2015a. v. II. Disponível em: http://www.cnv.gov.br/textos-do-colegiado/587- flippingbook.html?. Acesso em: 27 abr. 2017.
CALAFATE, Pedro; LOUREIRO, Sílvia Maria da Silveira. As Origens do Direito Internacional dos Povos Indígenas: A Escola Ibérica da Paz e as Gentes do Novo Mundo. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor. 2020.
CARVALHO, José Porfírio F. De. Waimiri Atroari: a história que ainda não foi contada, 4ª edição. Manaus: BK Editora, 2017.
CASSESSE, Antonio. International Criminal Law. Nova York: Oxford University Press, 2003. CLASTRES, Pierre. Arqueologia da Violência: Pesquisas de Antropologia Política. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
COLAÇO, Thais L. Direito e jurisdição indígena: uma proposta de reconhecimento constitucional da autodeterminação dos povos indígenas da América Latina. Anais da IV Reunião Equatorial de Antropologia e XIII Reunião de Antropólogos do Norte e Nordeste. Fortaleza, 2013.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Os direitos dos índios. São Paulo, Brasiliense, 1987.
DANESE, Paula Monteiro. Meio Ambiente na Contemporaneidade – De sua Proteção à Luz do Sistema Interamericano de Direitos Humanos. Curitiba: Juruá, 2019.
DAVIS, Shelton H. Victims of the miracle: development and the Indians of Brazil. Binghamton; Nova Iorque: Cambridge University Press, 1977.
GONZAGA, Alvaro de Azevedo. Decolonialismo Indígena. São Paulo: Matrioska Editora, 2021. HEMMING, John. Die if you must: Brazilian Indians in the twentieth century. Londres: Pan
Books, 2004.
JUVINIANO, Elisa Martins; PEREIRA, Flávio de Leão Bastos. Environmental Patriarchy and Indigenous Women: From Invisibility to Resistance, p.159/182. Obra coletiva Women’s Rights – International Studies on Gender Roles and Its Influence on Human Rights. SAPUCAIA, Monica; ANDRADE, Denise. (Orgs.). Erechim: Deviant, 2018.
LIMA, Edilson Votorelli Diniz Lima. Estatuto do Índio. Lei nº 6.001/1973.Salvador: Jus Podium, 2011.
MOLINA, Luís de; SIMÕES, Pedro; SÃO DOMINGOS, António de; PÉREZ, Fernando. A Escola Ibérica da Paz nas Universidades de Coimbra e Évora (Século XVI). Direção: Pedro Calafate. Coordenação: Ana Maria Tarrío; Ricardo Ventura. Coimbra: Almedina, 2015.
MONTEIRO, John Manuel. Negros da Terra: Índios e Bandeirantes nas Origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
MOREIRA, Adilson José. Tratado de Direito Antidiscriminatório. Vol. 1. São Paulo: Contracorrente, 2020.
MORIN, Edgar. Cultura e barbárie européias. Tradução de Daniela Cerdeira. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.
PEREIRA, Flávio de Leão Bastos; FONSECA, Talitha Camargo da. Aspectos relacionais sobre o genocídio dos povos nativos – um olhar preventivo para o futuro, p.153-180. Obra coletiva Povos Indígenas: prevenção de genocídio e de outras atrocidades. Brasil: MPF, 2021. Disponível em https://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr6/documentos-e-publicacoes/publicacoes/Livro_Povos_Indigenas_Prevencao_de_Genocidio_e_Outras_Atrocidades_4
PEREIRA, Flávio de Leão Bastos. Genocídio Indígena no Brasil – Desenvolvimentismo entre 1964 e 1985. Curitiba, Juruá, 2018.
PEREIRA, Flávio Leão Bastos. Nações Indígenas no Brasil: Genocídio Sistêmico e Estrutural, p.205/256. Obra coletiva: O Direito na Fronteira das Políticas Públicas. SMANIO, Gianpaolo Poggio; BERTOLIN, Patrícia Tuma Martins; MASSMANN, Patrícia Brasil (Orgs.). São Paulo: Editora Mackenzie, 2019.
PEREIRA, Flávio de Leão Bastos. O direito ao meio ambiente e a criminalização do ecocídio: Aspectos críticos e epistemológicos, p.315-354. Obra coletiva Direito Penal e o Direito Internacional dos Direitos Humanos: desafios contemporâneos - Escritos em homenagem à Sylvia Steiner. Org.: Marcos Zilli; Thiago Baldani. Belo Horizonte: Ed. D’Placido, 2022.
PEREIRA, Flávio de Leão Bastos. Povos Indígenas nas Américas e o Sistema Interamericano de Direitos Humanos: Entre o Desenvolvimentismo e a Esperança, p.235/250. Obra coletiva 50 Anos da Convenção Americana de Direitos Humanos – O Sistema Interamericano: Legado, Impacto e Perspectivas. AMARAL JR., Alberto do.; PIOVESAN, Flávia; DANESE, Paula Monteiro (Orgs.). Salvador: JusPodivm, 2020.
RIBEIRO, Darcy. Os Índios e a Civlização: A Integração das Populações Indígenas no Brasil Moderno. São Paulo: Global Editora, 2017.
SILVEIRA, Edson Damas da. Direitos fundamentais indígenas, movimento socioambiental e a formatação do estado na modernidade. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v. 6, n. 12, jul.-dez. 2009, p.25-56.   
 

Valor do
investimento

R$20,00

Cartão Crédito

À vista R$20,00

Boleto Bancário

À vista R$20,00

ANUIDADE DE VOLTA

Pague usando créditos da Anuidade de Volta


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Obs.2: A Escola poderá, em caráter excepcional, alterar datas e horários das aulas bem como poderá substituir o docente em caso de imprevisto. Reserva-se o direito de cancelar o curso caso não haja um número suficiente de alunos, sem ônus para os inscritos.

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